Recentemente foi noticiado a
morte de um ídolo do Sport Club Recife por neurocisticercose. Uma fatalidade
difícil de acreditar que aconteça em pleno ano de 2016.
Aqui trata-se de uma
zooantroponose, que significa que é uma doença humana que pode ser transmitida
para os animais. O grande vilão da história não é o suíno, e sim, nós
humanos!
A falta de saneamento básico é a chave para esta questão. Para saber mais sobre o assunto, clique aqui.
Tem teníase aquele sujeito que
tem o verme adulto no intestino. Quem tem cisticercose tem uma infecção
provocada pela larva da tênia.
São duas espécies, uma está
relacionada ao porco e a outra, ao boi. A Taenia
solium vive cerca de 3 anos, mas pode chegar a 25 anos e a Taenia saginata vive cerca de dez anos,
podendo chegar a até 30 anos. Os ovos podem
sobreviver em torno de 4 a 6 meses no ambiente.
Como eu posso adquirir teníase? Comendo
de carne bovina ou suína crua ou malcozida contendo cisticercos (canjiquinhas).
Como eu posso adquirir a cisticercose?
Com ingestão acidental de ovos viáveis de T.
solium na carne suína (A T. saginata não se
desenvolve nesta situação). Quem tem T.
solium adulta no intestino elimina as proglotes (uma espécie de saco cheio
de ovos) e ovos de sua própria tênia e leva-os à boca pelas mãos contaminadas (olha
a importância de lavar bem as mãos após usar o banheiro!); pode ocorrer um refluxo,
possibilitando presença de proglotes ou ovos de T. solium no estômago que voltam ao intestino delgado. Também dá
para adquirir na ingestão de alimentos (verduras, por exemplo) ou água contaminados com os ovos da T. solium de outra pessoa com teníase. A grande complicação é a neurocisticercose, ou seja, vai parar no
cérebro.
Muita gente não sabe, mas Médico
Veterinário não cuida só de cachorro e gato dentro de uma clínica. Muitos estão
em fazendas, na indústria, em departamentos governamentais e dentro dos grandes
mercados cuidando de toda a cadeia dos produtos de origem animal.
Carne rastreada significa que em
uma situação complicada, as autoridades possam saber quando, onde e como o
animal foi criado, que medicações foram utilizadas, que ração comeu, quem
transportou, quem abateu, qual o destino da carne até chegar na sua mesa. Porém
isso encarece o produto.
O ideal é você sempre exigir o
selo de inspeção municipal, estadual ou federal. Combater o abate clandestino contribui
para a sua boa saúde e também pode influenciar a realização de abate humanitário
(abatedouros clandestinos costumam não se importar com o sofrimento prolongado infligido
aos animais).
Se há dúvidas de onde vieram os
alimentos, asse bem a carne, lave bem as verduras, não misture facas e
utensílios de cozinha. Adquira o hábito de lavar sempre as mãos.
Se parar para pensar é um assunto bastante nojento: cocô de gente doente deixando outras pessoas e animais doentes! Vamos exigir saneamento básico, educação sanitária para todos e mandar essas doenças para o
passado de uma vez!
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