Cuidado ao dar ouvidos a médicos
(de gente, mesmo) ou de vendedores em casas de ração. Não estou dizendo que são
pessoas mal-intencionadas, pois a maioria realmente quer ajudar da melhor forma
possível. As pessoas são bastante observadoras, reconhecem padrões
de sintomas e os medicamentos que costumam ser prescritos com frequencia por Médicos Veterinários,
mas eles não são capacitados a entender as diferenças entre as espécies animais
e os por quês.
Existem sim, medicamentos que nós tomamos e pode ser que sirvam também para seu cão ou gato. Mas existem muitos
outros que na dose errada ou totalmente contraindicados que podem matar.
O gatinho está quieto, não quer
brincar e o focinho seco (será febre, mesmo?), então que tal dar paracetamol?
Quando a gente está assim funciona muito bem, não é? Galera, gatos não podem
tomar paracetamol, pois o fígado deles não é capaz de elimina-lo, pode acumular
no organismo e intoxica-lo seriamente, até mesmo mata-lo.
Eu realmente já ouvi dizer que
uma bela injeção de Ivomec (desse de boi, mesmo) é excelente para combater o
problema de cães que pegam muito berne (não façam isso). Aqui quero chamar a atenção
que em algumas raças de cães (como os Collies), a ivermectina (princípio ativo
do Ivomec) ultrapassa com facilidade a barreira que protege o cérebro deles e a
intoxicação pode vir em forma de convulsão e morte (entre outros sintomas).
Além desses dois medicamentos,
existem inúmeros outros que devem ser utilizados com restrição. Somente o
Médico Veterinário tem o dever de saber quais devem ser utilizados em
determinada espécie, qual a quantidade e a melhor via de administração.
O preço da medicação pode até ser baixo, mas valorize o profissional que gasta pelo menos 5 anos de sua vida em
uma faculdade de Medicina Veterinária. São horas de muito estudo, dedicação, capacitação e
especialização.
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